Revista Agrária Acadêmica
doi: 10.32406/v5/n3/2022/94/103/agrariacad
Percepção dos alunos do ensino fundamental II de escolas públicas sobre o bem-estar de pets. Perception of elementary school II students from public schools about the well-being of pets.
Milene Souza de Lima1, Ana Paula Costa de Carvalho2, Francisco Martins de Castro3, Aline Christien de Figueiredo Rondon3, Vanessa Maria Machado Ale3
1- Graduanda de Medicina Veterinária – Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM, Manaus – AM.
2- Docente da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas – SEDUC, Manaus – AM
3- Docentes do curso de Medicina Veterinária – Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM, Manaus – AM. E-mail: fcastrozoot@hotmail.com
Resumo
A pesquisa teve como objetivo avaliar a percepção dos alunos do ensino fundamental II sobre bem-estar de pets escolas públicas estaduais do município de Manaus – AM. Foi aplicado um questionário aos alunos em duas escolas estaduais. Foram abordados ao todo 223 estudantes, onde 70,85% possuem pets em sua casa, sendo cães, gatos ou até mesmo outras espécies. A maioria dos entrevistados adquiriu os animais através de presente ou compraram. Sabem que os animais transmitem doenças, mas não levam ao médico veterinário e nem vacinam periodicamente. Portanto, os entrevistados mostraram que possuem informações básicas a respeito do bem-estar de pets, mas ainda devem ser trabalhados mais sobre manejos com os animais domésticos.
Palavras-chave: Educação. Saúde pública. Animais domésticos.
Abstract
The research aimed to evaluate the perception of elementary school II students about the well-being of pets in state public schools in the city of Manaus – AM. A questionnaire was applied to students in two state schools. A total of 223 students were approached, where 70.85% have pets in their home, being dogs, cats or even other species. Most of the interviewees acquired the animals as a gift or bought. They know that animals transmit diseases, but they do not take them to the veterinarian and do not vaccinate periodically. Therefore, the interviewees showed that they have basic information about the well-being of pets, but more work on handling domestic animals still needs to be done.
Keywords: Education. Public health. Domestic animals.
Introdução
Os animais de companhia têm ganhado cada vez mais espaço na formação de uma família, proporcionando companhia, lazer, afeição, atenção, amor, contato físico, suporte psicossocial e resiliência. Essa relação afetiva entre o homem e animal vem desde a pré-história, onde os animais eram utilizados como transporte, para a caça e para proteger o território (CAETANO, 2010).
Ao longo dos anos os pets foram ganhando mais espaços nos lares das famílias, sendo chamados de filhos e cuidados por tutores. Com isso, foi necessário ter mais responsabilidade perante o bem-estar desses animais, evitando assim, práticas de maus tratos e abandono. Segundo Santos (2022), a falta de conhecimento sobre os cuidados corretos, expõe os pets à situações que os leva a frustração, ao medo, a agressão e ansiedade.
O pet adquirido através da compra, recebido como presente, adotado em Organizações Não Governamentais (ONGs) ou mesmo resgatado das ruas, muitas vezes são praticados por impulso, sem planejamento familiar ou financeiro. Com isso, muitos tutores acabam não criando vínculos afetivos com seus animais, acarretando manejos inadequados ou até mesmo no seu abandono (SANTANA & OLIVEIRA et al., 2020).
Em muitas famílias ocorre um déficit de conhecimento da senciência, da existência de um estado de percepção e de consciência que todo animal humano e não humano apresenta, o que contribui para um aumento da prática de maus-tratos, do abandono e ao desrespeito total aos animais. De acordo com Hutim et al. (2022), a falta de conhecimento das leis e de consciência possibilita com que os pets sejam tratados como objetos ou posses, sendo descartados quando não têm mais função ou apresentam problemas comportamentais.
Com isso é necessário, realizar campanhas de conscientização sobre a posse responsável nas escolas, visando assegurar os princípios da informação e participação da comunidade, aconselhando os tutores e futuros tutores sobre um bom planejamento ao adquirir um animal para seu lar.
Para ações futuras, torna-se necessário conhecer a percepção das pessoas sobre as atitudes que devem ser tomadas para garantir o bem-estar desses animais, e a escola é um ambiente propício para verificar se os alunos possuem consciência da responsabilidade sobre a posse de um animal de companhia. Sendo assim o objetivo da presente pesquisa é avaliar a percepção dos alunos do ensino fundamental II sobre bem-estar de pets em duas escolas públicas estaduais do município de Manaus – AM.
Material e métodos
O estudo constituiu de um levantamento de dados através de questionário quantitativos e qualitativos, aplicados a alunos do ensino fundamental II em duas escolas estaduais, na cidade de Manaus – AM.
Os questionários foram aplicados no mês de abril de 2022 para 223 estudantes. Previamente, foram feitos contatos com a direção das escolas para solicitação e aplicação da pesquisa. Foi enfatizado sobre os objetivos da pesquisa e que a mesma não era de caráter fiscalizador e que os entrevistados não seriam identificados.
Os alunos foram abordados em sala de aula com o auxílio da professora que estava ministrando aula no momento da aplicação, foi realizado a entrega dos questionários e a sua leitura.
As questões abordaram assuntos quanto à presença e ausência de animais em suas residências, espécie residente, manejo adotado na criação. Para além das perguntas referentes ao manejo, foram abordadas também perguntas com enfoque para a posse responsável. No que se refere ao bem-estar animal, teve enfoque na questão quanto à noção da senciência e questões voltadas para saúde pública.
Após a coleta nas duas escolas, os dados foram tabulados em uma planilha eletrônica do programa Microsoft Office Excel para análises estatísticas.
Resultados e discussão
Quando questionados sobre a presença ou ausência de animais na casa, os alunos responderam que sim correspondeu a 70,85% e os responderam não (29,15%) (Figura 1). Isso mostra que é cada vez mais comum a presença de pets nas residências, representados por cães (49,10%), gatos (19,16%), gatos e cães (25,15) ou até mesmo outras espécies (6,59%), como por exemplo aves, lagartos, cobras, porquinhos-da-índia, coelhos e jabuti.
Figura 1 – Presença ou ausência de animais nas casas dos alunos do ensino fundamental.
Figura 2 – Espécie animal criada nas residencias dos alunos do ensino fundamental. II.
A sociedade vem mudando seus hábitos, principalmente ao que se refere a criação dos animais de companhia, que vem ganhando espaço cada vez maior nos lares. Segundo dados do IBGE (2019), aproximadamente 14.144 domicílios possuem algum gato e 33.754 domicílios possuem algum cão, no Brasil. Comparando com os resultados encontrados nas escolas, fica evidente que o cão é o animal mais frequente, seguido de gatos ou ambos. Há muito tempo, a relação homem e animal vem passando por evoluções e é inegável atualmente que os animais de companhia estão cada vez mais inseridos na rotina das pessoas, criando vínculos sentimentais.
De acordo com Mendes et al. (2018), o laço criado em torno da criação de um pet é tão forte que o pet se torna um membro da família, sendo tratados como filhos, seja eles comprados, adotados ou recebidos como presentes, acabam ocupando espaços vazios nos lares de muitas famílias. Muitas das vezes esses animais são adquiridos em situações por casais que não querem ter filhos, solteiros que moram sozinhos, ou por famílias que tiveram um(s) filho(s) que seguiu o caminho para fora de casa após atingir sua maior idade.
Quanto à forma de aquisição do animal, 33,53% dos alunos responderam que ganharam de presente, 23,35% pegaram na rua, 28,74% adotaram e 14,37% compraram (Figura 3). Isso deixa evidente que muitos animais ainda são usados para presentear ou são comprados, o que somados representa 47,9% das respostas, porém, a maioria respondeu que os animais em suas residências foram adquiridos por adoção ou pegos na rua (52,09%). Uma pesquisa avaliando o perfil dos tutores e manejo de criação adotados pela comunidade acadêmica do Instituto Federal Goiano Campus Ceres, Hutim et al. (2022) verificaram que a minoria dos pesquisados (46,9%) adquiriram os animais através da adoção, e a maioria (53,1%) ganharam ou compraram os animais de terceiros ou lojas especializadas.
Figura 3 – Formas de aquisição dos animais presentes nos lares dos alunos do ensino fundamental II.
A forma de aquisição dos animais de companhia é um item a ser avaliado, pois a forma como esses animais são adquiridos pode levar ao um abandono futuramente, uma vez que muitas aquisições são realizadas por impulso e sem planejamento. Segundo Santana & Oliveira (2020), a falta de planejamento acarreta várias consequências, principalmente para o animal, pois, em muitas ocasiões os animais são adquiridos pelo mero impulso de consumir ou modismo, com isso, as pessoas acabam não criando vínculo afetivo com os animais, os descartando em ruas, vias públicas ou abrigos, após a empolgação inicial.
Antes de adquirir um animal é necessário ter conhecimento sobre os animais e os cuidados necessários para eles e quem adquirir tem que ter consciência que poderá conviver com o animal por aproximadamente 15 anos, que é o tempo de vida médio deles. São vários os motivos pelo qual os animais são abandonados, dentre eles podemos citar: necessidade de viajar e não ter onde deixar o animal; nascimento de filhos; condições financeiras; crescimento exagerado do animal, e durante os últimos anos em função a covid-19, houve outros fatores que levaram a casos de abandono, dentre esses fatores podemos citar a divulgação de informações de que cães e gatos podiam ser transmissores do coronavírus, pessoas que viviam sozinhas e por conta do isolamento social tiveram que morar com parentes e não puderam levar seus pet e as questões econômicas, devido ao aumento do desemprego e diminuição da renda (RIBEIRO et al., 2021).
Santana & Oliveira (2022), ainda relataram que o abandono de animais nas ruas pode levar a outros problemas como aumento desordenado da população, além deles estarem expostos a todo tipo de agravos a sua saúde e bem-estar, inclusive sendo vítimas de várias doenças, podendo causar sérios problemas de saúde pública, ecológico, social e econômico nas cidades.
Quando questionados se sabiam que os animais de companhia poderiam transmitir alguma doença, 88,61% responderam que sim e 11,39% que não (Figura 4), porém quando perguntados se conheciam alguma doença transmitida pelos animais, 63,39% não conheciam e 36,71% conheciam e citaram algumas doenças (Figura 5).
Isso mostra que a maioria dos entrevistados sabem de alguma forma que os animais podem transmitir doenças, porém eles não têm conhecimento sobre essas doenças, deixando evidente a falta de informações sobre esse tema no ambiente escolar. Os que responderam conhecer alguma doença transmitidas pelos animais domésticos, citaram a raiva, dermatofitose, toxoplasmose, leptospirose, sarna, tuberculose, além de alguns mitos, por exemplo “pelo de gato impede a gravidez”.
Figura 4 – Conhecimento dos alunos sobre a transmissão de doenças pelos animais.
Figura 5 – Conhecimento dos alunos sobre doenças transmitidas pelos animais.
Resultado semelhante foi encontrado por Moreira et al. (2013) que avaliaram o conhecimento de algumas zoonoses em alunos de escolas públicas e observaram que 77,9% dos alunos não tinham conhecimento sobre o conceito de zoonoses, os mesmos autores ainda concluíram que é necessário trabalhos educativos sobre esse tema com os jovens, para que eles atuem como multiplicadores de informações corretas a respeitos das zoonoses e como prevenir (CARVALHO & MAYORGA, 2016).
De acordo com Alves et al. (2013), os cães quando em situação de abandono podem causar sérios danos à saúde pública, pois eles estão envolvidos com casos de agressões a humanos e outros animais, além da transmissão de zoonoses como raiva, leishmaniose, leptospirose, toxocariose e outras doenças parasitárias. Segundo Carvalho & Mayorga (2016), entre os fatores de ocorrência de zoonoses em humanos por animais de companhia, destaca-se o grande número de animais de estimação, principalmente nos grandes centros. Esses animais muitas vezes, estão em condições de ruas ou mesmo abandonados em seus lares, sem acompanhamento veterinário, favorecendo a exposição do homem aos agentes de zoonoses.
Os entrevistados foram perguntados se eles deixam os animais saírem para rua sozinhos, apesar de 67,72% responderem que não, houve muitos estudantes (32,28%) afirmaram que os animais presentes em seus lares, saem para rua sozinhos (Figura 6). Os animais soltos em vias públicas sem a supervisão do responsável, estão expostos a diversos riscos e maus-tratos (ARRUDA et al., 2020), podendo estes animais serem atacados ou atacarem outros animais ou mesmo humanos, podem ser atropelados (AZEVEDO, 2012), portanto, é necessário orientação sobre os riscos que representam sem um acompanhamento de um humano.
Figura 6 – Conhecimento dos alunos sobre a saída dos animais domésticos desacompanhados por seus donos/tutor para a rua.
Fazendo um levantamento sobre conhecimento de proprietários de cães domésticos sobre zoonoses, Babá et al. (2013), observaram a presença de cães soltos sozinhos andando nas ruas, colaborando para a disseminação de zoonoses.
Em estudos sobre parasitas intestinais em cães provenientes dos biomas do Nordeste brasileiro, Zanetti et al. (2019), encontraram resultados expressivos em cães infectados com enteroparasitas. Os animais de rua são potenciais transmissores dessas infecções para outros animais e seres humanos, principalmente para as crianças que frequentam áreas públicas. Nesse presente estudo, 32,28% dos entrevistados (Figura 6) afirmaram que os animais em suas casas estão frequentemente presentes nas ruas, além de trazerem alguma doença que possa vir a infectar as pessoas da casa.
Quando questionados sobre bem-estar dos animais, 72,15% dos entrevistados falaram que tem conhecimento sobre do que se trata, e 28,48% não conheciam (Figura 7). Mesmo a maioria tendo conhecimento sobre o bem-estar dos animais, cerca de 89,0% desejariam receber informações sobre bem-estar de pets (Figura 8). Quando questionados sobre a posse responsável, 48,73% não conheciam sobre a posse responsável e 51,27 tem conhecimento sobre o tema (Figura 9).
Figura 7 – Conhecimento sobre o bem-estar dos pets.
Figura 8 – Aceitariam ou não receber informações sobre o bem-estar dos pets.
Figura 9 – Conhecimento sobre a guarda responsável.
Outras informações importantes foram relatadas na aplicação do questionário, como o fato da maioria dos pets (cachorro e gato) terem atendimento veterinário regularmente e vacinação em dia (67,72% e 69,62% respectivamente) (Tabela 1), porém uma porcentagem não faz esses acompanhamentos de rotina, onde pode apresentar alguma doença e não ser diagnosticado a tempo, causando óbito ou transmitindo para população. Oliveira & Souza (2019), afirmam que 93,7% dos entrevistados que vacinam seus animais de companhia, porém a maioria realiza a vacinação contra a raiva, que é realizado de forma gratuita pelas prefeituras.
Tabela 1 – Aspectos avaliativos sobre a percepção dos alunos a respeito do manejo dos pets.
Questionamentos |
Frequência (%) |
|
Sim |
Não |
|
Leva o animal ao médico veterinário regulamente |
67,72 |
32,28 |
Leva o animal para vacinar periodicamente |
69,62 |
30,38 |
Vermífuga o animal |
79,11 |
20,89 |
Acha que seu animal deve ser alimentado mais de uma vez por dia |
92,41 |
7,59 |
Muda a água do animal ao dia |
96,84 |
3,16 |
Acha importante seu animal ter liberdade para expressar seus sentimentos |
97,47 |
2,53 |
Sabe que os animais têm sentimentos |
96,20 |
3,80 |
Já as pessoas entrevistadas por Brandt et al. (2021), cerca de 51,94% mantinham todas as vacinas em dia, enquanto 48,06% não o faziam, os mesmos autores ainda relatam que a falta de vacinação representa risco de saúde pública, aumentando o risco de enfermidades entre os cães e gatos. O ato de levar o animal para vacinar desempenha um papel de grande importância tanto para o animal como para o homem, pois pode prevenir doenças que podem contaminar outros animais ou até mesmo homem.
Ainda na tabela 1, pode-se verificar alguns itens avaliados sobre os cuidados com os animais, como a vermifugação, onde 79,11% vermifugam o animal periodicamente. Quanto ao fornecimento da alimentação e água 92,41% e 96,84%, respectivamente, falaram que fornecem alimentação mais de uma vez ao dia e trocam a água periodicamente. É importante o animal receber uma nutrição adequada, pois assim não prejudica o seu desenvolvimento, os resultados encontrados na presente pesquisa mostraram que os entrevistados têm conhecimento sobre a importância da alimentação diária de seus animais. Porém, houve alguns relatos que seus animais não consumiam ração e sim sobras da alimentação humana (ossos, carnes, feijão, arroz). Resultado semelhante foi encontrado por Brandt et al. (2021), quando questionaram seus entrevistados sobre o tipo de alimentação fornecida para os animais, 45,94% afirmaram fornecer restos de comida para cães e gatos.
O fornecimento de alimentação inadequada pode levar a sérias desordens nutricionais, podendo levar esse animal a obesidade, ocorrendo um acúmulo excessivo de gordura corporal de forma sistêmica (SILVA et al., 2019), acarretando prejuízos secundários para saúde do animal, com isso a ração é a forma mais adequada de o tutor alimentar seus animais, pois ela vem balanceada, fornecendo os nutrientes que o animal precisa.
Quando questionados sobre os sentimentos dos animais, 97,47% acham importante o animal expressar seus sentimentos e 96,20% sabem que os animais têm vários sentimentos, como, dor, medo, prazer, raiva, felicidade (Tabela 1). Isso mostra que os jovens entrevistados já têm um conhecimento que o animal é um ser senciente, que precisa de cuidados e atenção para viver feliz no ambiente ao qual está inserido.
É importante salientar que os animais tenham as suas liberdades, nutricionais, sanitárias, ambientais, comportamentais e psicológicas garantidas, vivam vidas naturais e se desenvolvam de maneira para a qual estão adaptados, para isso, alguns cuidados são necessários fazer parte da rotina de cuidados diários, como por exemplo permitir contato social, atender suas emoções básicas, inserir jogos, brincadeiras, atividades físicas e passeios que ativem a exploração de diferentes ambientes (ALMEIDA et al., 2014). Para atender todas essas necessidades dos animais, os tutores precisam ter conhecimento sobre os cuidados físicos e psicológicos, o que permite entendê-los e tratá-los melhor (GRISOLIO, 2017), não comprometendo o seu bem-estar.
Conclusão
Os alunos das escolas avaliadas mostraram que possuem informações básicas a respeito do bem-estar de pets, mas ainda existem situações que devem ser trabalhadas com eles para que seja evitado algumas negligências no manejo com os animais domésticos. Portanto, é importante a inserção de políticas públicas sobre os principais cuidados para garantir o bem-estar dos pets, com mutirões de castrações gratuitas, campanhas de vacinação e ações educativas nas escolas realizadas pelo médico veterinário.
Conflitos de interesse
Não houve conflito de interesses dos autores.
Contribuição dos autores
Milene Souza de Lima – ideia original, leitura e interpretação das obras e escrita; Ana Paula Costa de carvalho, Aline Christien de Figueiredo Rondon e Vanessa Maria Machado de Ale – escrita e correções; Francisco Martins de Castro – orientação, correções e revisão do texto.
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Recebido em 21 de junho de 2022
Retornado para ajustes em 5 de setembro de 2022
Recebido com ajustes em 7 de setembro de 2022
Aceito em 11 de setembro de 2022