Conhecimento de tutores sobre o bem-estar de cães e o fenômeno humanização

Revista Agrária Acadêmica

agrariacad.com

doi: 10.32406/v6n2/2023/1-11/agrariacad

 

Conhecimento de tutores sobre o bem-estar de cães e o fenômeno humanização. The welfare of dogs and the knowledge of tutors about the humanization phenomenon.

 

Sarah Nascimento Progênio da Silva1, Leonardo Souji Maeda2, Rodrigo Feitosa Romero3, Denize Cavalcante Cardoso Patriarca1, Francisco Martins de Castro4*

 

1- Graduandas do Curso Medicina Veterinária – Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM, Manaus –  AM.
2- Ghaia Soluções Ambientais – Manaus –  AM.
3- Graduando do Curso Medicina Veterinária – Centro Universitário Fametro – Manaus –  AM.
4- Docente do Curso de Medicina Veterinária – Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM, Manaus –  AM. Autor para correspondência. E-mail: fcastrozoot@hotmail.com

Resumo

 

A maioria dos tutores não possuem conhecimento sobre o bem-estar , comportamento natural animal e humanização dos animais. Com isso, o objetivo do presente estudo é caracterizar a interação homem e cão avaliando o seu bem-estar e relacionando com o fenômeno humanização. O estudo se deu, através de questionário estruturado, onde foram aplicados 263 questionários. Os tutores afirmaram que principal forma de aquisição foi através de comprar, quando avaliado o bem-estar, a grande maioria respondeu que os cães moram em casas, com área mediana, possuindo acesso a casa toda. Constatou-se um baixo índice de humanização e, pouco entendimento do que é bem-estar e humanização.

Palavras-chave: Alimentação. Comportamento animal. Animais de estimação.

 

 

Abstract

 

The most tutors do not have knowledge about welfare, natural animal behavior and humanization of animals. With that, the objective of the present study is to characterize the human and dog interaction, evaluating their well-being and relating it to the humanization phenomenon. The study took place through a structured questionnaire, where 263 questionnaires were applied. The tutors stated that the main form of acquisition was through buying, when evaluating the well-being, the vast majority answered that the dogs live in houses, with a medium area, having access to the whole house. There was a low level of humanization and little understanding of what is well-being and humanization.

Keywords: Food. Animal behavior. Pets.

 

 

Introdução

 

A relação entre o homem e o animal se iniciou nos primórdios da história da humanidade, com a domesticação dos animais e mantida até os dias atuais. Por possuir sentimentos muito peculiares (FARACO; SEMINOTTI, 2004). Os animais de estimação representam fonte de apego e afeto, além de possuírem inúmeros papéis, bem como para o indivíduo, no círculo familiar como em um contexto mais amplo.

A criação de animais de estimação é uma característica universal na sociedade atual. O Brasil possui a segunda maior população de cães Canis familiaris do mundo, o quarto maior País em população total de animais de estimação, com isso, cada vez mais os animais estão sendo antropomorfizados, onde animais não são reconhecidos como animais, sendo atribuído características humanas como o uso de roupas, sapatos, acessórios, participação em eventos, idas a creche, etc. (FARACO; SEMINOTTI, 2004; ABINPET, 2013).

Contudo, grande parte dos tutores não possuem conhecimento sobre o bem-estar e comportamento natural animal, privando-os de expressar seus sentimentos e instintos, o que pode acarretar problemas comportamentais e de saúde (AMARAL, 2012).

Casais, pessoas solteiras e famílias estão substituindo os filhos ou tendo menos filhos e criando animais de estimação como os mesmos, no qual a relação entre tutor-cão aumenta o fenômeno humanização desses animais, com isso, o modelo de família atual se tornou multi-espécie, no qual animais de estimação se tornaram membros da família, sendo eles chamados de filhos, irmãos e amigos (ABINPET, 2013).

Portanto, com o aumento do número de animais de estimação dentro do ambiente familiar, estudos relacionados ao seu bem-estar e a antropomorfismos se tornam cada vez mais importantes, pois as privações das suas necessidades comportamentais naturais podem acarretar problemas de saúde, agressividade, comportamentos inesperados, diminuindo assim sua qualidade de vida.

Com isso, o objetivo do presente estudo é caracterizar a interação homem e cão avaliando o seu bem-estar e relacionando com o fenômeno humanização, tendo como objetivos específicos caracterizar as principais raças de cães, avaliar o bem-estar de cães, avaliar o fenômeno humanização na cidade de Manaus e avaliar a compreensão dos tutores sobre a humanização.

 

Material e métodos

 

O presente estudo foi realizado na cidade de Manaus – Amazonas, localizada na confluência dos rios Negro e Solimões, possuindo uma área total de 11.401,092 km², sendo a segunda maior capital estadual no Brasil em área territorial, com cerca de 2.225.903 habitantes, sendo a sétima cidade mais populosa do país (IBGE, 2021). A cidade de Manaus é o principal centro financeiro, corporativo e mercantil da região Norte do Brasil, com o sexto maior PIB brasileiro e a sexta cidade mais empreendedora do país.

A coleta de dados foi realizada através de um questionário estruturado contendo 32 perguntas, onde o mesmo foi aplicado através da plataforma Google Forms, a sua divulgação foi realizada através das redes sociais, o questionário foi direcionado a tutores de cães, onde continha perguntas direcionado sobre cuidados para com esses animais, se frequentam creches, se possuem roupas, sapatos, se frequentam parques, sobre os passeios e etc.

Os questionários foram aplicados no período de 11 a 17 de outubro de 2022, onde 263 tutores de todas as regiões de Manaus, responderam, quais raças possuíam, onde os animais foram adquiridos, em qual zona da cidade de Manaus eles residem, sexo dos animais, se eram castrados, sobre o ambiente em que vivem, a alimentação que era fornecida, se iam com frequência a o veterinário, se possuíam redes sociais, vestuário próprio, entre outros.

Os dados coletados foram analisados através da estatística descritiva, que tem como objetivo simplificar valores de uma mesma natureza, permitindo uma visão global da variação) dos dados e verificando a existência de padrões na distribuição dos mesmos, onde foram gerados tabelas e gráficos.

 

Resultados e discussão

 

Segundo os dados coletados, foi possível observar que a raça mais citada são os sem raça definida com 101 animais (38%), seguido de cães da raça Shih Tzu com 28 animais (11%), Pit Bull, com 15 animais (6%) o Poodle, com 12 animais (5%) e o Dachshund (Salsicha) com 11 animais (4%) (Figura 1). De acordo com o DogHero (2020), as principais raças dos cães dos brasileiros são em primeiro lugar os cães sem raça definida, que representa (32%) dos lares, seguida por animais da raça Shih Tzu (12%), Yorkshire Terrier (6%), Poodle (5%) e Lhasa Apso (5%).

 

Figura 1 Principais raças de cães na cidade de Manaus.

 

O cão é o animal doméstico que mais se associou ao homem, estima-se que essa relação é de aproximadamente 15.000 anos atrás, no qual os lobos cinzentos que não possuíam tanto potencial para a caça se aproximavam dos assentamentos humanos para se alimentar de restos de comidas descartados nas proximidades, com isso os lobos mais calmos e menos temerosos foram acolhidos para viver em sociedade, adotando assim o humano como líder da matilha, dando início ao processo de domesticação, e posteriormente passaram pelo processo de pedomorfose, onde adquiriram características mais juvenis com relação aos lobos primitivos, ao longo das gerações, ocorreram cruzas seletivas que enfraqueciam algumas características indesejáveis e intensificavam aquelas desejáveis, o que resultou em uma espécie com alterações morfológicas, fisiologias e comportamentais de acordo com o interesse humano, chegando assim aos padrões das raças conhecidas atualmente (ALVES, 2019).

Quando perguntado aos tutores sobre a aquisição dos animais, 26% dos entrevistados afirmaram que compraram de criadores especializados, 21% resgataram esses animais da rua, 14% ganharam seu cão de presente, 11% em abrigos familiares, 8% foram adotados, 6% em feiras de adoção, 6% compraram em pet shop, 4% foram adquiridos através de doação, 3% foram comprados de abrigos familiares e 1% é de criação própria (Figura 2).

 

Figura 2 –  Forma de aquisição dos cães.

 

A cidade de Manaus possui um território de cerca de 11.401.092 km², sendo dividida em zonas, sendo elas Zona Norte, Sul, Leste, Oeste, Centro-Oeste e Centro Sul. O presente estudo nos mostrou que as principais zonas de Manaus com cães domiciliados são as zonas Norte com 27% dos entrevistados, seguidos da zona Centro-Sul (19%), zona Sul (17%), zona Oeste (16%), zona Leste (13%) e zona Centro-Oeste (8%) (Figura 3). Segundo dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEDECTI (2017), a zona mais populosa de Manaus é a zona Norte, com cerca de 592.325 habitantes, seguida da zona Leste com 529.543, Sul com 338.674, Oeste com 299.782, Centro-Sul com 180.577 e Centro-Oeste com 175.353 habitantes, corroborando com os dados encontrados.

Quanto ao sexo dos animais, foi observado uma maior preferência por cadelas, com 76% dos entrevistados (Figura 4), essa escolha pode estar relacionada ao comportamento dos animais desse sexo, pois não possuem instintos de marcar territórios, podendo ser mais dóceis, podendo ainda estabelecer relações por interesse do tutor em procriar as mesmas para comercialização dos filhotes (RODRIGUES et al., 2017).

Quando perguntado se os cães machos eram castrados, apenas 35% afirmaram que sim e 65% que não eram castrados, para as fêmeas 51% das fêmeas eram castradas e 49% não eram castradas (Figura 5 e 6). Entretanto,  percebe-se que  ainda  não  há  conscientização  sobre  o  papel  do  tutor  na  guarda  responsável  e  na prevenção do aumento do abandono de animais com a adoção de métodos reprodutivos, como a castração (HUTIM et al., 2022). A castração é uma das principais estratégias de controle populacional em cães, evitando assim possíveis abandonos de ninhadas indesejáveis, bem como seus benefícios para a saúde dos animais.

 

Figura 3 – Zonas da cidade de Manaus.

 

Figura 4 – Sexo dos cães.

 

Figura 5 – Cães machos castrados.

Figura 6 – Cadelas castradas.

 

Segundo Molento (2003), o bem-estar animal é um conjunto de fatores entre a saúde física e mental do animal, onde o mesmo se encontra em harmonia com o seu ambiente. A saúde e o bem-estar dependem das necessidades comportamentais, emocionais, físicas, sanitárias e ambientais. Onde cada animal possui variedades de necessidades psicológicas, determinadas por fatores como genética, espécie, socialização primaria e experiências anteriores. Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o bem-estar animal é como cada animal responde as condições em que vive. Um ótimo bem-estar pode ser avaliado através da nutrição animal, sua saúde, se está confortável, seguro, se é capaz de expressar seu comportamento natural, se não está sentindo dor, medo ou angústia (GALDIOLI, 2021).

No ano de 1993, na Inglaterra, o Comitê de bem-estar de Animais de Produção definiu instrumentos que pudessem avaliar o bem-estar animal, no qual foram criadas as cinco liberdades reconhecidas mundialmente até os dias de hoje, sendo elas: Liberdade nutricional, Liberdade sanitária, Liberdade comportamental, Liberdade psicológica e Liberdade ambiental (AMARAL, 2012).

Para se avaliar o nível de bem-estar animal, são utilizados instrumentos reconhecidos mundialmente, com base nas cinco liberdades, sendo elas: Liberdade Nutricional; Liberdade Ambiental; Liberdade Psicológica; Liberdade Sanitária; e Liberdade para expressar seu comportamento natural (GALDIOLI et al., 2021).

Quando questionados sobre o local onde os animais residem 81% dos entrevistados afirmaram mora em casa, 15% em apartamento, 4% em sítio e apenas 1 entrevistado morava em fazenda (Figura 7).

Em relação a área em que os animais possuíam para realizar suas atividades diárias como correr, brincar, etc., 52% dos entrevistados afirmaram que os animais possuíam uma área mediana para realizar suas atividades, 33% possuíam muita área e 15% pouca área de atividade (Figura 8).

Quando questionados sobre o acesso dos cães a casa 58% afirmaram que os cães tinham acesso livre a casa, 18% tinham acesso apenas quando o tutor estava junto, 15% não possuíam acesso dentro de casa, apenas ao pátio e 9% possuíam aceso restrito a casa (Figura 9).

O ambiente em que o animal está exposto deve proporcionar proteção e conforto, disponibilizando um local de repouso aconchegante e tranquilo, com acesso regular a áreas para eliminação de dejetos, bem como oferecer a possibilidade de movimentos e exercícios em instalações (GALDIOLI et al., 2021).

Figura 7 – Local onde os cães moram.
Figura 8 – Amplitude da área em que os cães praticam suas atividades diárias.

 

Figura 9 – Acesso dos cães a casa.

 

Quando questionados sobre o tipo de alimento que é ofertado para os cães 83,25% dos 263 entrevistados afirmaram que ofertam ração comercial seca, 30,41% oferecem ração comercial úmida, 13,30% oferecem comida humana e 9,9% oferecem alimentação natural (Figura 10). Segundo Alves (2019) a preferência dos tutores por ração seca se dá pela praticidade, formulação e embalagem cada vez mais sofisticada, maior durabilidade e o seu tempo de armazenamento. As dietas dos animais devem suprir suas necessidades fisiológicas e comportamentais, sabendo que o fornecimento inadequado pode desencadear diversos problemas nutricionais, como a obesidade, acarretando prejuízos secundários como problemas articulares, cardíacos, respiratórios, entre outros, onde a ração comercial úmida e seca, bem como a alimentação natural balanceado é a forma mais adequada para garantir que todas as necessidades nutricionais sejam supridas (GALDIOLI et al., 2021).

 

Figura 10 – Frequência relativa dos alimentos oferecidos aos cães.

 

Quando questionados se os tutores levavam seus cães com frequência ao veterinário, 60% dos entrevistados afirmaram que sim e 40% que não (Figura 11). Sabe-se que a saúde é o maior componente do bem-estar animal, no qual as boas práticas de bem-estar incluem a prevenção e tratamento de doenças e lesões, alívio de dor e outros estados negativos, garantindo assim um bem-estar animal positivo.

 

Figura 11 – Tutor leva com frequência o cão ao veterinário.

 

Quando questionados sobre a humanização dos cães, apenas 14% dos entrevistados possuíam redes sociais dos seus cães, 6% frequentavam creches (day care), 25% possuíam vestuários próprio com o uso de acessórios, roupas, fantasias, etc., 20% frequentavam eventos sociais, como encontros de cães, festas de aniversário, etc., 78% fazem uso de produtos de beleza como shampoo, condicionar, máscaras de hidratação, fluidos para pelo, banhos a seco, etc. (Tabela 1). Tais resultados nos indicam que o processo de humanização na cidade de Manaus pode ser considerado baixo. Sabendo que atualmente, o mercado pet vem em constate crescimento, o uso de produtos de beleza vem aumento significativamente, onde a grande maioria dos tutores buscam a estética animal, bem como manter os cães higienizados, visto que a grande maioria dos animais compartilham dos mesmos ambientes que seus tutores, como camas, sofás etc. 

 

Tabela 1 – Aspectos avaliativos a respeito da humanização de cães.
QUESTIONAMENTOS
FREQUÊNCIA (%)
SIM
NÃO
Possuem redes sociais
14%
86%
Frequentam creches (Day Care)
6%
94%
Possuem vestuário próprio
25%
75%
Utilizam produtos de beleza
78%
22%
Frequentam eventos sociais
20%
80%

 

Quando questionados sobre como é realizado os passeios, 82% dos entrevistados afirmaram que os cães realizam seus passeios na coleira, caminhando no chão, 13% não realizam passeio, 3% realizam passeios no colo ou em carrinhos de bebê e 2% realizam passeios desacompanhados (Figura 12). Os passeios são considerados como essenciais para a vida de um cão, ajudando ainda na saúde do animal, os passeios auxiliam no gasto de energia dos cães evitando comportamentos indesejáveis por excesso de energia, aflora os seus instintos naturais, como farejar, auxilia no controle da ansiedade e estresse, previne obesidade, bem como na socialização com pessoas e outros animais, garantindo assim um bem-estar positivo para os animais.

 

Figura 12 – Se os cães realizavam passeios e como era realizado.

 

Após uma análise das respostas foi possível observar que muitos dos tutores confundem a humanização com o bem-estar, como por exemplo “Cuidado com o cão”; “Acredito que seja a harmonia entre cão e o dono, ter uma boa relação significa ter um bom cuidado com seu pet”; “Tratar seu animal de estimação de uma forma que o faça estar bem (bem-estar animal). Onde se sinta confortável, com aconchego e principalmente se sinta amado”.

Contudo obtivemos respostas que expressam bem o que é a humanização, como por exemplo “Tentar fazer com que o cachorro desvie da própria espécie, natureza, ainda mais que muitas pessoas hoje optam por não ter filhos humanos e acabam tendo pets e tratando como filhos humanos, muitas vezes é bom, pois são bem cuidados, mas há certos exageros, como utilizar tinta no pelo do cachorro por exemplo (na minha opinião). Acho que o cachorro pode utilizar roupas, caso morem em locais frios, as vezes para ficar bonitinho, fazer festa de aniversário, todas as coisas, desde que ele consiga também ser cachorro e fazer as coisas naturais dele”; “É a maneira de se cuidar de um animal como se fosse um filho humano, com todos os atributos e necessidades que um humano precisaria. É colocar roupinha, adereços, tratar como da família, dormir junto e compartilhar tudo, levar para todos os lugares, mimar o animal, ter redes sociais, participar de eventos de animais e ter um tratamento quase semelhante à de um humano”; “Atribuir características humanas, sejam elas físicas, emocionais ou comportamentais, aos animais de estimação”.

O antropomorfismo ou humanização consiste em aplicar alguns domínios da realidade social, biológica, física, da linguagem ou conceitos próprios do homem, inclusive seu comportamento ao animal. O animal que convive com o ser humano sofre todas as influências do ser humano, com isso, afetar sua saúde, assim como seu comportamento. Segundo Tatibana; Costa-Val (2009), a humanização ocorre de forma imperceptível.

Para Vidal (2005), não se deve confundir cuidados clínico-sanitários, cirúrgicos, nutricionais e/ou alimentares, que promovam o bem-estar pleno do animal, com os excessos, roupas, acessórios, sapatos, etc.

 

Conclusão

 

A relação entre o tutor e o cão vem cada vez mais se estreitando, onde o tutor se preocupa mais em garantir um bem-estar de qualidade ao seu animal. Contudo o conhecimento dos tutores sobre a humanização ainda é muito confundido com o bem-estar, podendo gerar uma baixa qualidade de vida por falta de conhecimento sobre as necessidades dos animais.

 

Conflitos de interesse

 

Não houve conflito de interesses dos autores.

 

Contribuição dos autores

 

Sarah Nascimento Progênio da Silva – ideia original, execução da pesquisa de campo, leitura e interpretação das obras e escrita; Leonardo Souji Maeda, Rodrigo Feitosa Romero, Denize Cavalcante Cardoso Patriarca – execução das pesquisa de campo; Francisco Martins de Castro – orientação, correções e revisão do texto.

 

Referências bibliográficas

 

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VIDAL, R. M. Humanização ou Desumanização? Vet-UY, n. 13, 2005.

 

 

 

Recebido em 11 de março de 2023

Retornado para ajustes em 11 de abril de 2023

Recebido com ajustes em 22 de abril de 2023

Aceito em 7 de maio de 2023